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15 de julho de 2016

Produção de 25 plataformas da Petrobras será suspensa

A Petrobras vai paralisar a produção em 25 plataformas por até um ano, enquanto negocia a venda das áreas para a iniciativa privada. A paralisação foi autorizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) na última semana. A estatal também solicitou a interrupção da produção em outras nove unidades, mas ainda precisará apresentar estudos para justificar o pedido.
As unidades estão situadas nos Estados de Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Espírito Santo. Ao todo, as unidades com paralisação solicitada abrangem 24 campos maduros, sendo 11 em terra. A maior parte das áreas já integra o plano de desinvestimentos da companhia, apresentado em março, com 104 concessões que representam 2% da produção da estatal.
A autorização para a parada das unidades foi tomada no dia 4 de julho, em reunião de diretoria da agência. "Caso não tenha sucesso um possível processo de Cessão de Direitos, no dia útil seguinte ao final da paralisação deverá ser retomada a produção de cada campo, (...) discriminando as atividades e investimentos que serão implementados", diz a ata do encontro.
A ANP também determinou que, se a empresa não conseguir vender as áreas e constatar a "inviabilidade econômica" da produção, deverá antecipar o término dos contratos. Conforme resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deste ano, as áreas devolvidas ou com os contratos encerrados poderão ser alvo de novos leilões para pequenas empresas.
Em reunião com sindicalistas, na última terça-feira, o presidente da estatal, Pedro Parente, reforçou que não há "solução" para a petroleira sem a venda de ativos. Junto com diretores, o executivo falou que trabalha para "salvar" a companhia e indicou que estuda a entrada de um parceiro investidor na Transpetro para saldar dívidas da subsidiária.
Em resposta aos desinvestimentos, os sindicatos já iniciaram mobilização para um novo movimento grevista na estatal. Sindicatos do Norte e Nordeste, onde estão concentrados os campos terrestres já colocados à venda, iniciaram também na terça-feira assembleia para votar indicativo de greve a partir do próximo mês. 
Fonte: Agência Estado

12 de julho de 2016

Clima é de confiança na retomada da indústria de petróleo e gás

Brasília - Novas reuniões com membros do governo interino de Michel Temer ampliaram o clima de confiança e a sensação do setor de petróleo e gás de que a indústria pode se recuperar com mais velocidade e, inclusive, puxar a retomada do crescimento econômico, na avaliação do secretário-geral do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo), Milton Costa Filho. As informações são da Agência Brasil.
 
Costa Filho citou o exemplo do novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, e do novo secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix. "O próprio novo ministro [Fernando Coelho Filho] está se mostrando muito interessado na indústria, fazendo uma interlocução muito positiva. Isso cria um clima de otimismo e de confiança", disse Costa Filho, após participar de evento com representantes do Rio Convention e Visitors Bureau sobre as oportunidades criadas na área de turismo do Rio de Janeiro pelo setor de petróleo e energia.
 
Outro ponto considerado positivo para o futuro da indústria petrolífera foi a aprovação pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), na semana passada, da continuidade dos estudos sobre campos e blocos de petróleo e gás que poderão ser oferecidos na 14ª rodada de licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis). "A gente espera que venha uma rodada que possa realmente atrair investidores".
 
A possibilidade de aprovação na Câmara dos Deputados do projeto do então senador José Serra que retira da Petrobras a obrigatoriedade de ser operadora única dos campos do pré-sal constituirá, segundo o secretário-geral do IBP, "um sinal maravilhoso para atrair novos investidores e empresas para a nossa indústria". O IBP reivindica também que a política de conteúdo local no setor de petróleo e gás seja mais realista, de modo a beneficiar a cadeia nacional de fornecedores de produtos e serviços.
 
A indústria está concentrando agora sua atenção no anúncio do próximo plano de negócios da Petrobras, previsto para o final deste mês, que deixará claro o posicionamento da companhia daqui para a frente. A expectativa é que a estatal vai investir menos nas áreas de refino, logística e distribuição de gás e se concentrar mais na parte de geração. "Se for feito dessa forma, vai gerar uma série de oportunidades". A indústria aguarda ainda o anúncio de diversas medidas do governo para retomada do setor. "O clima é de confiança".
 
Costa Filho aposta no potencial de recuperação não só da Petrobras, mas da indústria de petróleo e gás como um todo. Segundo dados do IBP, o Brasil é o 13º maior produtor de petróleo do mundo e o 5º maior mercado consumidor de derivados global, representando 3% de toda demanda mundial. A indústria de petróleo e gás é responsável, também, pela geração de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e por 30% do PIB do estado do Rio de Janeiro. "Tem oportunidades imensas aqui. Os empresários estão aguardando decisões para ver se direcionam seus investimentos no Brasil, ou não".

Fonte: Valor Ecônomico

27 de junho de 2016

Shell nega qualquer intenção de aumentar sua presença em Macaé

Depois de muitos boatos na cidade de Macaé, de que a Shell instalaria uma base no município gerando empregos e aquecendo a economia local. A Shell, através de seu gerente de relações com a imprensa da Shell Brasil Petróleo (Guilherme Monsanto), negou qualquer intenção de aumentar sua presença na cidade.
Há algum tempo se comenta em Macaé a possibilidade da Shell instalar uma base no prédio que era ocupado pela Petrobras, na Rodovia Amaral Peixoto (no Viaduto) na Praia Campista. Foi divulgado pelas redes sociais uma lista com diversas vagas de emprego, atribuindo a um 'contrato' entre a Shell e uma empresa de Recursos Humanos (o que já foi desmentido por tal empresa de RH), aumentando as especulações de que a empresa realmente estaria instalando uma base local.
A Shell negou qualquer intenção da empresa de aumentar sua presença no município de Macaé. A empresa permanece operando no campo de Bijupirá & Salema (a 145 km de Macaé), e mantém no polo de Macaé, o programa Shell Iniciativa Empreendedora, de incentivo ao empreendedorismo.
Confira abaixo a resposta da Shell através de Guilherme Monsanto.

Fonte: Diversidades.com

20 de maio de 2016

FMC e Technip Anunciam Fusão e Criam uma Empresa de $13 bilhões

PARIS- FMC Technologies Incorporação de serviços de Petróleo e a rival francesa Technip SA decidiram se fundir, formando um novo 'jogador' importante em uma indústria de energia abalada por uma queda de quase dois anos dos preços do petróleo.

A fusão resultará em uma nova empresa chamada TechnipFMC com um valor de cerca de $13 bilhões no mercado. A empresa combinada tinha $20 bilhões em receitas no ano passado, superior a Baker Hughes. Será uma rival em potencial para as maiores empresas de serviços de petróleo do mundo, como Halliburton e Schlumberger.

A união reúne a experiência em engenharia e construção da Technip (com sede em Paris) com o sistema e equipamentos sumersos da FMC (com sede em Houston). A fusão está prevista para ser concluída no início de 2017.

O acordo vem depois de uma onda de combinações envolvendo empresas americanas que adquirem empresas europeias, movendo o domicílio fiscal fora dos EUA, a fim de se beneficiar dos impostos mais baixos.

Technip e FMC Technologies: Como eles se comportam


As ações da Technip subiram 6,3%, e fecharam em 49,30 ($55,30) em Paris nesta quinta-feira depois que o negócio foi anunciado. FMC estava em baixa com cerca de 4% ($27,48) no final das negociações em Nova York.

A FMC tem enfrentado uma baixa demanda por seus equipamentos subsea, devido o recuo das empresas com projetos caros de exploração e produção de águas profundas.

A Technip no verão passado disse que iria cortar cerca de 6.000 empregos em uma reestruturação projetada para economizar mais de $900 milhões em dois anos.\ A empresa disse que venderia ativos e fecharia alguns dos seus negócios na Europa, Ásia e Brasil.

Fonte: The Wall Street Journal

4 de maio de 2016

Após tentativa frustrada de compra dos campos de Bijupirá e Salema, operados pela Shell na Bacia de Campos, a PetroRio (ex-HRT) quer voltar ao mercado e está atrás de um sócio para financiar novas aquisições. Executivos da petroleira brasileira embarcaram para Houston, nos Estados Unidos, onde participarão da OTC, uma das maiores feiras do setor de óleo e gás do mundo, em busca de fundos de investimento. O cenário de baixa dos preços do barril não favorece a missão.
Dona de apenas um campo de produção de petróleo, a PetroRio produz, hoje, cerca de 7 mil barris ao dia de óleo em Polvo, na Bacia de Campos, mas tem como meta atingir uma produção média de 100 mil barris/dia ao final de 2017.
Com caixa disponível de R$ 497 milhões ao final de 2015, a empresa apresentou uma proposta à Petrobras, recentemente, para aquisição de Baúna, no pós-sal da Bacia de Santos, o 12º maior campo do país, com produção de 38 mil barris diários. A expectativa é que o resultado da concorrência seja divulgado ainda em maio.
Além do programa de venda de ativos da Petrobras, a PetroRio avalia oportunidades de desinvestimentos de outras empresas no Brasil e na América Latina, onde a petroleira avalia inclusive campos terrestres. "Tem outras empresas colocando ativos à venda. Não é nosso plano ficar esperando [o programa de desinvestimentos da] Petrobras", disse o diretor de Projetos da PetroRio, Nelson Queiroz Tanure. "Tem muita coisa à venda no Brasil. Muitos projetos que começaram produzindo com o preço do barril alto e que se tornaram pouco atraentes para algumas petroleiras", complementou.
A companhia está de olho em ativos em fase de produção, com reservas mínimas de 50 milhões de barris e com capacidade para produzir acima de 20 mil barris ao dia. Segundo ele, no entanto, a PetroRio "olha tudo", desde ativos maduros como Bijupirá e Salema, a campos mais novos, como Baúna.
O importante, de acordo com Tanure, é que a companhia identifique oportunidades de redução de custos que permitam à empresa rentabilizar os negócios. "Primeiro olhamos custos. Tem um componente de custos com o qual temos que nos sentir confortáveis", disse.
Em 2015, a PetroRio chegou a anunciar a compra de Bijupirá e Salema, por US$ 175 milhões, mas o negócio fracassou, porque a petroleira não conseguiu chegar a um acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) para reduzir os valores da garantia financeira exigida para assegurar os investimentos no abandono dos campos.
"A experiência serve de curva de aprendizagem para novas aquisições. A ANP deixou claro que não aceitará revisar os custos de abandono no decorrer de processos de venda de ativos. Temos que ter certeza a partir de agora que os valores contidos nos planos de desenvolvimento sejam compatíveis", afirmou.

30 de abril de 2016

Shell compra a BG por US$ 53 bi; Brasil será país-chave para a nova empresa

A Shell anunciou que chegou a um acordo para comprar a rival BG por 53 bilhões de dólares. A empresa resultante da união deverá quadruplicar a produção de óleo e gás no Brasil até o fim da década, transformando o país no principal mercado de exploração e produção da companhia, afirmou o presidente global da Shell, Ben van Beurden.
Atualmente, as duas empresas produzem juntas cerca de 240.000 barris de óleo-equivalente por dia no país, segundo os últimos dados publicados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A BG produziu 205.572 barris de óleo-equivalente em dezembro no Brasil e a Shell, 34.471.
"O Brasil será um dos três principais países para a Shell e, em uma perspectiva de upstream (exploração e produção), provavelmente será o país mais valioso em nosso portfólio", disse Beurden, em conferência de imprensa sobre a fusão, que passa a vigorar nesta segunda. "As duas companhias juntas deverão quadruplicar (a produção) até o fim desta década", disse o executivo, em visita ao Rio de Janeiro.

5 de fevereiro de 2016

Shell anuncia corte de 10 mil vagas e venda de ativos

A companhia Shell anunciou na quinta-feira (4) que planeja cortar 10 mil vagas de trabalho. A redução no quadro de funcionários começou no ano passado e deverá continuar ao longo de 2016. A companhia anglo-holandesa também disse que pretende vender US$ 30 bilhões após comprar a BG.   
 
"A Shell tomará mais decisões impactantes para superar a queda no preço do petróleo, caso as condições exijam isso", disse o executivo-chefe da Shell, Ben van Beurden.   
 
A notícia foi divulgada no mesmo dia em que a Shell revelou seu balanço com queda de 57% no lucro do quarto trimestre de 2015, para US$ 1,8 bilhão, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A retração foi causada pela forte oscilação negativa no preço do petróleo. O balanço é o último divulgado antes da aquisição da BG, no dia 15 de fevereiro, em uma operação avaliada em US$ 50 bilhões.

Fonte: Macaé Offshore